Ajuda em trabalhos universitários? Clique abaixo

sexta-feira, 23 de março de 2012

A Invenção do Cotidiano - Michel de Certeau - Segunda Parte - TEORIAS DA ARTE DE FAZER - Capítulo 4 – Foucault e Bourdieu

Certeau inicia esse capítulo falando dos problemas dos procedimentos que envolvem a análise da realidade através do discurso. Para isso ele usa o que as considerações de Foucault e Bourdieu. Foucault, segundo Certeau, inicia suas reflexões falando do controle estabelecido pelo discurso, envereda pelo seu campo teórico, falando do poder que controla a realidade linguisticamente, da liberdade ou da falta dela. Certeau caracteriza a perspectiva de Foulcault, principalmente quando o segundo o autor, Foucalut usa como exemplo o sistema penitenciárioe, com sua concepção excludente, falando tamnbém dos manicômios, para exemplificar suas concepções de controle. Certeau caracteriza o que Foucalt chama de nova perspectiva metdológica: "o estilo". O elemento de poder linguístico, segundo Foucalt, remonta a história a partir de um sistema contemporâneo proliferante, ou seja, ele isola o ato de falar e o relaciona com a densidade do corpo social, cisrcunstâncias e estratégias que o levam a tal status. O controle discursivo/linguístico para Foucault é "uma arma para combater práticas heterogêneas e para controlá-las"(115), ou seja, é usado para aprisionar e nivelar opiniões. Bourdieu diz que para se compreender o discurso e a realidade nele representada é preciso estar fora do ambiente de pesquisa para compreender as práticas descritas. Segundo Certeau, Bourdieu estuda o estreito entre a etnologia e a sociologia, estuda uma prática examinando elementos como ciclos, parentescos, movimentos corporais, elementos discritos nos discursos entre as épocas. Ele prega também o afastamento do pesquisador para melhor análise do ambiente cultural. Mas as estratégias usadas paral tal são mobilizadas através de postulados, regras e habilidades, que aparecem de acordo com cada situação. Existem também os princípios implicítos nos discursos, que devem ser respeitados para a manutenção da ação. As regras explicitas que andam no campo do negociável , para atuar nesse campo são necessárias estratégias e combinações que rodeiam essas regras. Nesse jogo de regras e pertinêcias cada situação se articula da maneira mais comoda para os seus participantes. A compreensão da lógica social aparece através das transferências e metaforizações discursivas, ele cita como elemento de categorização alguns procedimentos essenciais, que são, segundo Bourdieu: A politética, a substituibilidadee a eufemização. Bourdieu faz um movimento de criação teórica e passa a falar da formação do capital ou de práticas de uma economia do lugar próprio, o aumento do capital (material e simbólico) que gera o patrimônio (lugar da prática enunciativa e o seu grupo de gestão) e o indivíduo corpo, com astúcias e fracassos. A economia, nessa visão, busca manter essas duas instituições. Bourdieu atua nas noções desse contexto, conhecera a problemática do lugar. Certeau diz que não defini como possível Bourdieu determinar seu estudo, diante da necessidade de uma etnologia em uma sociologia. Nesse sentido a sociologia (estruturas objetivas e regularidades) vem para falar da adequação das práticas as estruturas ou das estratégias diante das situações, Bourdieu se vale do que chamamos de gênese. Essa gênese a que ele se refere, atua como estrutura (aquisição) e a prática (o hábito), ou seja, as práticas são os elementos que são adquiridos, expressos em determinadas situações que são a manifestação da estrutura. Essas práticas não são lineares, são produtos dos diversos diálogos que promoveram a sua interiorização e exteriorização de acordo com a situação. O interesse de Bourdieu era como essas práticas são geradas e como essas passam a ser hábito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário