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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Invenção do Cotidiano - Michel de Certeau - Primeira Parte - UMA CULTURA MUITO ORDINÁRIA - Capítilo 1 - Um lugar comum: Uma linguagem ordinária

Capítilo 1 - Um lugar comum: Uma linguagem ordinária


Nesse primeiro capítulo Certeau trata da linguagem como objeto de estudo da história, denomina o homem comum como homem ordinário e diz que é no seu discurso que aparecem vestígios de suas experiências culturais e onde ele expõe sua trajetória sócio-histórica. Freud entra nos comentários de Certeau quando defende que o homem ordinário é pilar do fazer histórico ao produzir cultura, este mesmo homem ordinário fala de um lugar comum, que sempre adquiri novos contextos cotidianamente. Nesse sentido o autor passa a estudar a everyday life, buscando uma cultura que foge dos modelos teológicos,com elementos que se aproximam e se distanciam de culturas diversas e dos personagens que ele denomina de perito e filósofo. Os dois figurantes nessa denominação são indissociáveis, tendo em vista que, o filósofo leva para o campo social o que o perito discute no campo científico, um complementa do outro. O perito atua numa área mais pragmática e o filósofo na subjetividade. Certeau fala do afunilamento (especialização) do saber, das narrativas e massificação do “saber”. Nesse caso ele chama o exame rigoroso da língua (seu objeto de fato até aqui) de Wittgestein, com  o intuito de explorar a metafísica do que é dito pelo sujeito social. A partir de então ele descreve uma série de recursos linguísticos, que não precisam necessariamente recorrer ao passado para auscultar elementos históricos. Certeau diz na perspectiva da análise linguística a cultura não possui um referencial formal, pois ela não se reduz a um elemento técnico, é dinâmica, poliglota, multifacetada, sem amarras. O objeto de estudo é o homem ordinário e sua linguagem ordinária. Apesar de toda a discussão Certeau diz que o Wittgenstein se reduz a verdades linguísticas, busca compreender a realidade social através de pequenos retalhos do ambiente sócio-cultural em que os sujeitos estão inseridos.

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